sábado, 7 de novembro de 2009

BALINÊS



Este gato de tamanho médio tem o pêlo liso de cor azul (por exemplo), olhos azuis (normalmente), orelhas grandes, nariz comprido (comparado com o seu tamanho), e o seu focinho tem uma espécie de sombra (como a de um gato Siamês). A primeira aparição da raça foi nos anos cinquenta, graças à criação de Siameses.
De uma forma geral, se aceita que o gato Balinês é uma derivação do Siamês, uma mutação espontânea de pêlo longo.
Seu temperamento é como do Siamês: alegre, brincalhão, inteligente, alerta, curioso. Além do pêlo mais longo, outra diferença é seu timbre de voz mais suave e menos falante.
Sua pelagem é simples e não dupla, como na maioria dos gatos de pêlo longo. Por isso, seu pêlo fica mais liso e junto ao corpo.
As cores padrão são as mesmas do Siamês.
No Brasil é uma raça muito rara, possuindo apenas um criador.
Um Siamês de pêlo longo. É assim que o Balinês é conhecido. De vistosa elegância e corpo esbelto, não é tão brincalhão como os Siameses, porém é afetuoso e menos orgulhos.
Os olhos amendoados são cor azul-safira; a cauda longa e esguia. A única diferença com relação à pelagem está no comprimento. Ela é mais longa, fina e sedosa, ligeiramente ondulada nas partes onde é mais comprida.
É ótimo companheiro por ser alege e brincalhão. Sua voz é suave e mia menos do que os Siameses. É muito sociável, tem facilidade em se adaptar num ambiente onde tenha outros animais.
O Balinês é muito simpático e divertido, sempre disposto a brincar. Dá-se bem com toda gente e animais, e não trai o dono por nada. Dá um belo animal de estimação, e nem sequer dá muito trabalho.


HISTÓRICO

Há registros de que os primeiros Balineses apareceram na década de 20, nos EUA. Como ambos os pais desses Balineses eram Siameses e tinham, portanto, os pêlos curtos, atribuiu-se o nascimento de filhotes com pêlos mais longos a uma mutação. Tanto que esses gatos eram registrados na ocasião como Siameses de pêlo longo.
Com o tempo, no entanto, passou-se a acreditar que o Balinês herdou essa pelagem mais comprida de um ancestral de pêlos longos. Mesmo porque, na época em que surgiram esses filhotes de pêlos mais longos, havia criadores cruzando Siameses com gatos de pêlo longo, com o objetivo de produzir uma raça peluda, com as mesmas marcações do Siamês, mas com o corpo bem encorpado, o oposto do Balinês.
Isso certamente gerou gatos com aparência de Siameses, inclusive com os pêlos curtos, mas portadores de genes de gatos de pêlos longos.
Na década de 40, a criadora americana Helen Smith iniciou um trabalho para tentar o reconhecimento do Balinês como raça. Foi Helen quem lhe deu o nome de Balinês, em homenagem aos movimentos graciosos e linhas esbeltas, que a faziam lembrar os dançarinos da ilha de Bali. O reconhecimento oficial veio em 1970 pela CFA, graças também aos esforços da criadora ameri-cana de Siamês, Sylvia Holland, do gatil Holland's Farm.
No final do século passado, os Siameses tinham formas mais arredondadas que o desejado pelo padrão atual. Os americanos iniciaram um processo de refinamento das linhas dos Siameses por volta de 1900, tornando-os bem mais esbeltos.
Com o início da criação dos Balineses, esse trabalho se estendeu à nova raça, o que ocorreu ao redor de 1940, já que a mesma descendia dos Siameses mais arredondados.
No entanto, até hoje existem tanto Siameses quanto Balineses com os dois tipos de estrutura física, mas os que se destacam nas exposições são os mais longilíneos.

SOCIABILIDADE


Um dos atrativos do Balinês é a sociabilidade com que tratam a todos. Judy comenta que eles não perdem uma chance para conhecer as visitas. " De repente, os Balineses aparecem; correm em direção ao estranho, ficam rodeando-o e alguns acabam até subindo no colo", conta. Terry conta que se o estranho jogar um brinquedinho ou um pedaço de papel amassado, os Balineses dela entram logo na brincadeira. "Um homem veio comprar um filhote aqui em casa e saiu encantado com um dos meus gato que correu, subiu no colo dele e passou a patinha em seu rosto", diz Marie. Com as crianças é a mesma coisa. "Muitas vêm aqui para ver os gatinhos", conta Terry. "Fazem a maior folia com elas – brincam e correm pela casa. Só não suportam ser maltratados com puxões ou beliscões: nessas condições, a resposta será um bom arranhão."

Se houver outros bichos em casa, também não há motivo para preocupação. O Balinês se adapta facilmente a eles, inclusive aos cães. A Lhasa Apso de Marie dorme junto com o gato e os dois brincam o dia todo correndo um atrás do outro. Às vezes, quando a neta vai visitá-la, leva um Golden Retriever. "Só vendo para acreditar! Um dos meus Balineses tem paixão pelo cachorro. Brincam sem parar. Quando cansam, o Golden tira uma soneca no chão bem ao lado de uma das minhas pernas e o gato na outra!, cita Marie. "Quando o cão acorda, os outros Balineses, inclusive os filhotes, vão em cima, pulam nele e passam as patinhas em sua cara." Patrícia, irmã de Terry, também tem um cão da raça Golden Retriever que vive junto com seu Balinês. "Eles fizeram uma grande amizade e quando um sai, aquele que fica parece inquieto como se sentisse falta do outro", diz Terry. Judy tinha um Pastor Alemão que dormia na mesma cama com um Balinês e que se divertia brincando e tomando conta dos filhotes. "Minhas Balineses deixavam a cadela lamber os recém-nascidos para fazer a higiene corporal e assim estimulá-los a urinar e defecar", conta. "Os gatinhos cresceram junto da Pastor e parece que perderam a vergonha. Faziam tanta bagunça que me deixavam louca", ri.

O Balinês não tem subpêlo, consequentemente sua pelagem semilonga não embaraça com facilidade, não cai muito e não requer escovações frequentes como as raças de pêlo longo. Até o momento não se conhece problema de saúde típico da raça, conforme atesta o veterinário William Fredericks que já tratou de cerca de 30 Balineses no North Shore Veterinary Hospital, em Nova York – EUA.

PADRÃO OFICIAL
EMITIDO PELA THE INTERNATIONAL CAT ASSOCIATION (TICA)

CORES/DIVISÕES/CATEGORIAS RECONHECIDAS: Categoria Ponteada, todas as divisões, todas as cores.
DESCLASSIFICAÇÃO: Verificar regulamentos de exposição da FCGB, disposição a respeito de penalização/desclassificação a que estão sujeitos todos os exemplares.

CABEÇA
Formato: cunha longa e afilada.  
Tamanho: médio.  
Focinho: sem break.  
Crânio: achatado.
Bochechas: suaves, sem break. 
Nariz: longo e absolutamente reto, sem reentrâncias ou protuberâncias.  
Queixo: de tamanho médio, alinhado com a ponta do nariz.

PESCOÇO: Comprimento longo e refinado.

ORELHAS
Formato: pontudas e largas na base.
Tamanho: impressionantemente largas. 
Colocação: devem ser uma continuação da cunha, portadas como se o gato estivesse sempre alerta.

OLHOS
Formato: amendoados. 
Tamanho: médios. 
Colocação: inclinados em direção ao nariz, em harmonia com as linhas da cunha e das orelhas.

CORPO
Formato: longo e esbelto. 
Tamanho: longo.
Musculatura: firme.

CAUDA
Formato: fina e afilada.  
Tamanho: delgada. 
Comprimento: longa.

PERNAS
Comprimento: longas; as patas traseiras são mais longas do que as dianteiras.  
Ossatura: fina.
Musculatura: firme.

PÉS
Formato: ovais.  
Tamanho: pequenos.

PELAGEM
Comprimento: longa.  
Textura: macia e sedosa. 
Densidade: fina.


Nenhum comentário:

Postar um comentário