sábado, 7 de novembro de 2009

SAGRADO DA BIRMÂNIA



Outros nomes

Birmanês
Birman
Gato sagrado de Burma



Informações gerais
 
Diz-se que esta raça será descendente direta dos gatos criados em templos budistas. Esta crença surge aliada a uma lenda que faz parte da mitologia local segundo a qual, a certa altura, um gato branco, protetor de um monge, terá mudado de cor quando o seu templo foi atacado por rebeldes e o monge foi morto. Nesta mutação de cor estaria a origem da raça. Na altura, acreditava-se que as pessoas boas, depois de morrerem, reencarnavam na forma de gato, sendo por esse motivo especialmente protegidos pelos monges, que têm grande tradição de não fazer mal a qualquer animal, independentemente da sua espécie ou perigosidade.

Pensa-se que os Sagrados da Birmânia atuais descendem de uma linhagem que resultou do cruzamento de um gato de templo - daí o nome da raça -, cruzado com siamês e mais tarde com persa ou angorá.

Como sempre, nestes casos onde a origem é difícil de definir, existem muitas teorias sobre a sua ascendência.
 

França é pais, onde tudo indica, se realizou o cruzamento que veio a dar origem ao Birmanês, nos Estados Unidos foi reconhecida como raça, pouco tempo antes da Segunda Guerra Mundial.

De origem francesa, a raça foi reconhecida oficialmente em seu país em 1925. Tornou-se bastante popular no mundo. Hoje, está entre as 10 que mais registram nascimentos nas principais entidades do exterior. No Brasil, embora faltem dados precisos, não há dúvida. O Sagrado é um dos gatos de raça mais conhecidos. Saiba mais sobre esse bonito felino de olhos azuis. 


Com o estalar do conflito na Europa, quase terá desaparecido e só mais tarde com o findar da guerra os apaixonados pela raça terão voltado à sua criação e disseminação, por todo o mundo, especialmente na Europa onde as atuais linhagens terão tido origem. Durante os anos quarenta, a raça divergiu ligeiramente, havendo dois tipos de Birmanês, o americano, ligeiramente mais possante e robusto, e a linhagem inglesa e europeia, com um gato mais esguio, na linha dos gatos orientais.

Como animal de companhia, o birmanês é muito sociável, tranquilo e inteligente. Alguns autores consideram-no um pouco melancólico, no entanto, é um gato que gosta muito de companhia do seu dono, ou daquele que elegeu como tal. Com os estranhos, tem tendência a ser reservado.
 

São animais com uma grande esperança de vida, ultrapassando com alguma facilidade os 15 anos.
 

Ele faz parte do seleto grupo de gatos que ostenta sofisticada marcação branca nos pés. São as chamadas luvas, cujo formato ideal desafia a criação. O padrão do Sagrado da Birmânia, ressaltam vários especialistas, é um dos mais detalhados e rígidos da gatofilia, dificultando a obtenção de exemplares de grande qualidade. 


Este gato de cores variadas, como por exemplo vermelho ou azul, é muito calmo e leal ao seu dono, apesar de ser um pouco independente. As fêmeas têm uma média de três crias, e são muito protetoras. O Sagrado da Birmânia é um gato completamente normal que, como todos os outros gatos, dá um bom animal de estimação se for bem tratado (o seu pêlo nem dá muito trabalho).


Não é por acaso que ele está em terceiro na lista dos gatos mais amados da América.


Peso médio quando adulto
Entre os 4 e os 8 quilos.
 

Temperamento

No convívio, o Sagrado da Birmânia revela-se um grande companheiro do dono, seguindo-o sempre, abrindo mão até da sua posição predileta, que é ficar preguiçosamente deitado. 

Sensível, pode deixar de comer por motivos afetivos e psicológicos, tais como a ausência do dono, a presença de estranhos ou um barulho inesperado. Tímido, mostra-se sociável com quem brinca com ele, mesmo quando já se tornou adulto ou idoso, e demonstra gostar dessas oportunidades para se aproximar das pessoas.

Entretanto, com os estranhos, sua atitude é reservada. Não gosta que o toquem e pode até morder se houver insistência. Lilly Anciau, juíza belga de todas as raças da FIFE - Federação Felina Internacional - comenta à Cães & Cia que "a docilidade que o Sagrado da Birmânia demonstra em casa, acaba nas pistas. Ele não permite ser tocado pelo juiz. Antes de morder, porém, adverte alterando sua voz baixa e calma para com um som que lembra uma tosse rouca". Este aparente ataque de tosse ocorre quando a raça fica nervosa, irritada ou não recebe a atenção desejada.

A sociabilidade, seja com o dono ou com outros animais, é importante para o Sagrado da Birmânia, sob pena dele tornar-se melancólico. Até com os cães se relaciona bem, como conta Fabiana Trevisan do Gatil D'Trevisan, São Paulo - SP, que já teve 3 gatos desta raça: "todos conviveram com os vários cães de casa e fizeram amizade com os da vizinhança".

Relativamente recente, o Sagrado da Birmânia foi reconhecido em 1925, na França, pela primeira vez. Na década de 60 começou a ser desenvolvido nos EUA, um dos países que mais o cria na atualidade. Raro no Brasil, é também difundido na França, Alemanha, Inglaterra, Escandinávia, Suécia e Bélgica.




PADRÃO OFICIAL

Fedération Internationale Féline (FIFe)


APARÊNCIA GERAL: tamanho: médio.


CABEÇA

Formato: ossatura forte. 
Testa: ligeiramente arqueada. 
Bochechas: cheias, um pouco arredondadas. 
Nariz: comprimento médio, sem stop, mas com ligeiro desnível. 
Maxilar: forte.


ORELHAS

Formato: ligeiramente pequenas com extremidades arredondadas. 
Inserção: colocadas ligeiramente inclinadas não muito no alto do crânio com boa distância entre elas.


OLHOS

Formato: não totalmente redondos, ligeiramente oblíquos. Cor: azul-escuro.


CORPO

Estrutura: ligeiramente comprido. Os machos devem ser mais compactos que as fêmeas.


PERNAS: curtas e fortes. 
Pés: arredondados. 
Luvas: a particularidade do Sagrado da Birmânia são os pés brancos chamados "luvas" nos pés anteriores e traseiros. Essas luvas devem se absolutamente de um branco puro. Devem chegar na articulação dos dedos com o metacarpo, não devendo ultrapassa-los. Luvas ligeiramente mais altas nas patas traseiras são toleradas. O branco das luvas termina em ponta sobre as almofadas plantares das patas traseiras. O ideal é que termine em "V" invertido entre ½ e ¾ da articulação das patas traseiras. Marcações menos altas ou mais altas são aceitáveis, mas não devem passar a articulação. O importante é a regularidade das luvas e que mostrem simetria no branco, entre as duas patas traseiras ou as duas anteriores, ou o que é ainda melhor sobre as quatro patas.


CAUDA: comprimento médio, emplumado.


PELAGEM

Estrutura: de comprido a médio conforme as patas do corpo. Na face os pêlos são curtos, ficando mais compridos sobre as bochechas, e um colar cheio. Comprido sobre o corpo e flanco. Textura sedosa. Pouco subpêlo. 
Cor: o Sagrado da Birmânia tem as mesmas características que os gatos colour pointed, mas os quatro pés são brancos (luvas). As marcações se encontram na face, orelhas, pés, cauda e partes genitais. Deve ter cor igual e bom contraste com a cor do corpo. A cor do corpo e do ventre é de casca de ovo muito pálido, dorso bege-dourado em todas as variedades. A cor das marcas e corpo só ficam firmes na idade adulta.
Cores mais comuns
Point - azul, chocolate, creme, lilás, vermelho e seal.
Tortie Point – seal.
Tabby Point - azul, chocolate, creme, lilás, seal e vermelho.
Tortie Tabby Point - azul, chocolate, lilás e seal.




OBSERVAÇÕES: o gato Sagrado da Birmânia tem uma morfologia particular, que é unicamente dessa raça.


FALTAS: marcas brancas puras ou coloridas sobre o peito ou ventre.


FALTAS QUE EXCLUEM CERTIFICADO

Nariz: pigmentação da trufa incompleta.  
Pernas: luvas brancas remontando os lados de trás das pernas anteriores e traseiras (conhecida como "runners"). Ausência de marcas nos pés de trás.  
Pelagem: manchas brancas sobre as partes coloridas ou o inverso. Uma mancha branca nas partes genitais.

ESCALA DE PONTOS

Total: 100 pontos. 
Cabeça: 20 pontos (formato geral, bochechas, nariz, maxilares e dentição; crânio, focinho; formato, inserção de orelhas; forma e cor dos olhos). 
Corpo: 20 pontos (estrutura, tamanho, ossatura, membros (pernas) e formato dos pés). 
Cauda: 10 pontos (formato e comprimento). 
Pelagem: cor das marcas: 15 pontos; qualidade, textura e comprimento: 10 pontos. 
Luvas: membros anteriores: 5 pontos; membros posteriores: 5 pontos; marcações: 5 pontos; regularidade e simetria das marcações e luvas: 5 pontos.  
Condições: 5 pontos.

VARIEDADES DE CORES RECONHECIDAS

Cor dos olhos: azul-profundo. 
Marcações: reportar-se à descrição geral. 
Cor do corpo: cor de casca de ovo muito pálido com um ligeiro reflexo de cor das marcações.

Observações: todas as observações e faltas mencionadas na descrição geral são válidas.



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